
Oracle Open World 2015 – Rescaldo
- Posted by redglue
- On November 14, 2015
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- cloud, oow15
A Oracle é hoje uma empresa no seu apogeu, sem dúvida, não só porque este ano o número de participantes do OOW desceu significativamente em relação aos anos anteriores o que poderá indiciar alguma falta de entusiasmo da industria em relação à empresa ou porque apesar de todas as apostas passadas a empresa continua a renovar-se e a canibalizar-se constantemente e a prova disso é que este foi provavelmente o melhor Open World dos últimos 5 anos.
Durante anos, enquanto outros como a Amazon e a Salesforce se focavam num modelo de negócio disruptivo (a “Cloud”) , a Oracle continuou pouco preocupada com a inovação neste campo, focada essencialmente em vender hardware (Engineering Systems) e ter a sua stack de software a funcionar nesse hardware, que apesar de muito bom do ponto de vista de engenharia mostrou-se um modelo absurdamente caro em alguns circunstâncias.
Portanto podemos todos dizer que a Oracle perdeu o comboio do que provavelmente será o comboio (e as carruagens) da próxima década: a “Cloud”? Esta frase seria válida até ao dia 18 de Setembro, primeiro dia do OOW, onde se começa a perceber o gigantesco shift de paradigma feito pela Oracle para a aposta completa na cloud. E foi impressionante! Um sinal a que provavelmente nenhum concorrente (desde a IBM à Microsoft, desde a Amazon à SalesForce) ficou indiferente. A renovação da mensagem, da aposta à estratégia de um ano para o outro foi tão clara e forte que só estará ao alcance de alguns como a Oracle.
O modelo da cloud, no entanto vai se provar complexo para a Oracle e não pode ser visto pelos óculos tradicionais para ver ao longe. É um modelo assente num paradigma de agilidade, rapidez e custo do provisionamento desde infraestruturas a software que pode e deve responder a algumas exigências de automação, redução de custos e agilidade na entrega das empresas ao mercado. É importante que a Oracle não veja o modelo cloud como meramente algo de assente em time-sharing de uma infraestrutura ou software num datacenter lá longe.
O modelo híbrido de cloud (parte on-premises, parte na cloud pública) será o modelo ideal de transição para a Oracle (e consequentemente para os seus clientes) que com um passado recente assente num enorme push em Engineering Systems será imperativo aproveitar as características da cloud aplicadas ao modelo de datacenter tradicional (“on-premises”).
Posto isto, a Oracle não irá a lado nenhum, não irá desaparecer e não irá ficar mais pequena, vai-se simplesmente transformar como gigante a competir num mercado de gigantes onde tem que conviver e se adaptar rapidamente, e isto, já percebemos que o consegue fazer como nenhuma outra empresa.
Luís Marques,
A Redglue é uma empresa Oracle OPN Cloud Partner a operar em Portugal e na Europa, que aposta em desenvolver e integrar o modelo cloud com especialização e certificação nas áreas de PaaS/DBaaS e MWaaS.
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